O Blog Eskuadra foi criado com a ideia de dar informações sobre dois esportes que tem história no Brasil, o basquete e, obviamente, o futebol.
Nossos colunistas são totalmente não-imparcias, por isso temos um representante de cada clube grande paulista. Além disso, um de nós escreve regularmente sobre a NBA.
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A Copinha acabou para o Verdinho. O time deixou a competição, nas quartas de final, contra o Atlético-PR, em um jogo eletrizante que acabou 4 a 3 para o time paranaense. O jogo contou com expulsões, penaltis, golaços, erros de arbitragem... Realmente, parecia um jogo de gente grande! Porém, mesmo com o time deixando a competição cedo, alguns bons frutos podem ser colhidos de nosso time de juniores.
O zagueiro Luis Gustavo apesar de ter apenas 17 anos de idade, mostra uma enorme liderança dentro de campo. Bom zagueiro, é habilidoso, e tinha a função de líbero no esquema de três zagueiros do Verdinho. Com a necessidade de zagueiros no elenco principal, poderia facilmente subir.
Mas os grandes destaques da competição foram os meio campistas Bruno Dybal, 17, e Diego Souza, 18. O primeiro liderou o time na conquista do Campeonato Paulista sub-18. Apesar de jovem, tem enorme calma, responsabilidade. É habilidoso, e um verdadeiro líder dentro de campo. Seria uma ótima opção no elenco de Felipão. Já Diego, encheu os olhos da torcida palmeirense. Fazendo golaços, jogando na raça, demonstrou ter habilidade e capacidade de jogar no elenco principal alviverde. No último jogo, frente ao Furacão, chegou até a jogar passando mal, e mesmo assim, ainda fez um golaço. Esse tinha que subir já. E ele ainda pode jogar de atacante. Esses foram os grandes destaques alviverdes na Copinha. Porém, eles dificilmente devem ser usados por Luiz Felipe Scolari, que clama por reforços. O time, de fato ainda precisa de (muitas) peças. Um lateral direito, um meia, um atacante e um zagueiro, no mínimo. Mas, algumas dessas vagas poderiam ser preenchidas por jovens. Não seria o ideal, mas na falta dos camarões, pedidos por Felipão, eles podiam pelo menos ser um bom prato.
Embora campeão brasileiro, o Corinthians me preocupa... Não
tanto quanto nos anos anteriores, mas eu vejo uma grande falha no planejamento
alvinegro para o ano de 2012.
Andrés Sanchez saiu e deixou a contratação de Montillo
engatilhada. Bastava o jogador fazer a sua parte, deixar claro para o clube
mineiro que a proposta corintiana era muito benéfica em termos financeiros e
futebolísticos. Andrés, porém, não contava que o novo presidente do Cruzeiro
era um senhor prepotente e alucinado... Gilvan de Pinho Tavares estipulou um valor, para o meia argentino,
totalmente fora das possibilidades de um clube brasileiro.
Walter Montillo é um grande
jogador, talvez o melhor em sua posição, atuando no Brasil. Porém, pagar 17
milhões de Euros por um atleta de 27 anos, que vingou no futebol há menos de três
temporadas, é jogar dinheiro fora. Existem outras opções mais baratas,
principalmente no mercado latino, tão pouco explorado por clubes brasileiros.
Enfim, o Timão fez uma oferta de
8,5 milhões de Euros, a qual foi prontamente recusada pelos mineiros. Com mais
uma tentativa fracassada, o Corinthians publicou uma nota oficial em seu site
dizendo que as negociações estavam encerradas. O curioso foi que, logo em
seguida, Montillo se pronunciou dizendo que queria defender o manto alvinegro
nessa temporada. O Cruzeiro tremeu.
Gilvan abandonou seu discurso de
manter o jogador sem aumentar seu salário. Nos bastidores, o presidente do
Cruzeiro trabalha, de forma desesperada, atrás de empresas que aceitariam
investir em direitos de imagem do meia.
Meu palpite é que Montillo ficará
no Cruzeiro e receberá um grande reajuste salarial.
Mas aí vem a parte preocupante.
O Corinthians disse que não irá atrás de outro meia de destaque caso Montillo
realmente não acerte.
Ano passado, o Timão apostou na
manutenção da maior parte do elenco de 2010 para a disputa da pré-Libertadores. O que se viu foi um punhado de
jogadores fora de forma e um banco de reservas que não oferecia opções para
substituir esses jogadores sem ritmo. Faltava também um líder em campo, um
jogador que chamasse a responsabilidade. Isso ficou ainda mais claro quando Liédson
chegou marcando gol atrás de gol, após a eliminação na Libertadores.
Hoje, o Corinthians tem Alex e
Liédson. Mas Montillo possui experiência na competição internacional e seria
fundamental para o elenco. E, infelizmente, o Corinthians enfatizou que não irá
buscar outro jogador como o meia argentino.
Depois, se o Corinthians tiver
problemas na Libertadores, irão culpar a falta de planejamento, algo que
poderia ter sido evitado se o time não ficasse focado apenas no Montillo e
tivesse procurado outras boas opções...
Os palmeirenses sentirão falta dele. O futebol sentirá.
Obrigado. Não a nada além disso que possamos dizer ao nosso Marcão numa hora dessas. Obrigado por me fazer palmeirense. Por ser meu ídolo. Por ser a cara e o cara do Palmeiras. Mas, muito mais do que isso, por sempre, sempre e sempre, ser palmeirense de coração. Marcos é, foi e sempre será um ídolo. Um exemplo. Um santo. Talvez por significar tudo isso, nunca achei que esse dia chegaria. O dia que São Marcos deixaria de vestir a 12, deixaria a faixa de capitão. Passaria nosso posto de goleiro para o próximo. Amanhã, qualquer um que verdadeiramente aprecie o futebol, vai acordar mais triste. Foi o fim da carreira de um exemplo, de um ídolo, não só dos palmeirenses, mas de todas as torcidas. Não só dentro das quatro linhas, como também fora delas. De um caráter fenomenal. São Marcos é simplesmente indescritível. Sem ele, o futebol perdeu um pouco do seu sentido.
Num futuro, não muito longe, terei orgulho de falar para os palmeirenses mais jovens: "eu vi Ele jogar!" Porque São Marcos, uma vez que encerrada sua carreira, deixa de ser um jogador para ser imortalizado. Para virar uma Lenda. Uma Lenda que eu me orgulho de ter visto vestir o manto alviverde! Afinal, quem mais teria 532 jogos e 19 anos pelo Palmeiras?
É, os números de Marcos impressionam. Mas, não demonstram nem de perto o que a torcida alviverde sentia pelo Ídolo. O que Marcos representava, não só para o palmeirense, como para qualquer amante de futebol. A tristeza imensa, que hoje sentimos.
Um dos maiores ídolos do futebol brasileiro, e, provavelmente, na minha opinião, o maior ídolo da História do Palmeiras pendurou as chuteiras. São Marcos, que tanto nos tirou lágrimas de felicidade em inúmeros jogos, hoje nos faz chorar, como ninguém, de tristeza. De saudade. E que saudade...
Se hoje jogadores deixam de suar, de jogar com a alma, de se identificar com um clube, Marcão soube, como poucos, o que realmente significa vestir a camisa de um clube. Do Palmeiras. Como, Rogério, que soube realmente o que é vestir a camisa são paulina.
Marcos é, foi, e sempre será uma lenda. Um ídolo que ultrapassou as quatro linhas. Por ter sido um dos melhores goleiros da História do Futebol, ele será lembrado. Por defesas sensacionais e penaltis defendidos, ele será lembrado. Por recusar uma proposta de milhões de euros do Arsenal, para defender um time na Segunda Divisão, ele será lembrado. Mas além de tudo isso, o camisa 12 será eternizado, principalmente, por ter se tornado ídolo de palmeirenses, são paulinos, cruzeirenses, corintianos, colorados... Não só um herói de uma entidade, mas um herói do futebol.
E se desde o começo do ano planejava esse texto, hoje as palavras não saem. Não há o que escrever. Não há como descrevê-lo, ou como agradecê-lo. Apenas dizer: Obrigado, por tudo, Marcos Roberto Silveira Reis, o São Marcos de Palestra Itália.