quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Fim da Era



  Os palmeirenses sentirão falta dele. O futebol sentirá.
   Obrigado. Não a nada além disso que possamos dizer ao nosso Marcão numa hora dessas. Obrigado por me fazer palmeirense. Por ser meu ídolo. Por ser a cara e o cara do Palmeiras. Mas, muito mais do que isso, por sempre, sempre e sempre, ser palmeirense de coração. Marcos é, foi e sempre será um ídolo. Um exemplo. Um santo.
    Talvez por significar tudo isso, nunca achei que esse dia chegaria. O dia que São Marcos deixaria de vestir a 12, deixaria a faixa de capitão. Passaria nosso posto de goleiro para o próximo. Amanhã, qualquer um que verdadeiramente aprecie o futebol, vai acordar mais triste. Foi o fim da carreira de um exemplo, de um ídolo, não só dos palmeirenses, mas de todas as torcidas. Não só dentro das quatro linhas, como também fora delas. De um caráter fenomenal. São Marcos é simplesmente indescritível. Sem ele, o futebol perdeu um pouco do seu sentido.
     Num futuro, não muito longe, terei orgulho de falar para os palmeirenses mais jovens: "eu vi Ele jogar!" Porque São Marcos, uma vez que encerrada sua carreira, deixa de ser um jogador para ser imortalizado. Para virar uma Lenda. Uma Lenda que eu me orgulho de ter visto vestir o manto alviverde! Afinal, quem mais teria 532 jogos e 19 anos pelo Palmeiras?
    É, os números de Marcos impressionam. Mas, não demonstram nem de perto o que a torcida alviverde sentia pelo Ídolo. O que Marcos representava, não só para o palmeirense, como para qualquer amante de futebol. A tristeza imensa, que hoje sentimos.
    Um dos maiores ídolos do futebol brasileiro, e, provavelmente, na minha opinião, o maior ídolo da História do Palmeiras pendurou as chuteiras.  São Marcos, que tanto nos tirou lágrimas de felicidade em inúmeros jogos, hoje nos faz chorar, como ninguém, de tristeza. De saudade. E que saudade...
     Se hoje jogadores deixam de suar, de jogar com a alma, de se identificar com um clube, Marcão soube, como poucos, o que realmente significa vestir a camisa de um clube. Do Palmeiras. Como, Rogério, que soube realmente o que é vestir a camisa são paulina.


    Marcos é, foi, e sempre será uma lenda. Um ídolo que ultrapassou as quatro linhas. Por ter sido um dos melhores goleiros da História do Futebol, ele será lembrado. Por defesas sensacionais e penaltis defendidos, ele será lembrado. Por recusar uma proposta de milhões de euros do Arsenal, para defender um time na Segunda Divisão, ele será lembrado. Mas além de tudo isso, o camisa 12 será eternizado, principalmente, por ter se tornado ídolo de palmeirenses, são paulinos, cruzeirenses, corintianos, colorados... Não só um herói de uma entidade, mas um herói do futebol.
    E se desde o começo do ano planejava esse texto, hoje as palavras não saem. Não há o que escrever. Não há como descrevê-lo, ou como agradecê-lo. Apenas dizer: Obrigado, por tudo, Marcos Roberto Silveira Reis, o São Marcos de Palestra Itália.



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