domingo, 4 de dezembro de 2011

Penta. Mas antes disso, Corintiano!


       
       Uma torcida. A torcida. O Corinthians. O que é Corinthians? É um time? Uma torcida? Um órgão de crença? É o Corinthians!
       É impossível explicar o Corinthians, o Timão... Meu, para que ser corintiano? Futebol é entretenimento, certo? Pra que sofrer como um louco? Ninguém sabe. E é por isso, sim, por essa questão, que somos Corinthians.
http://www.cidadebiz.com.br/foto/livro-corinthians-capa.jpg       É uma simples pergunta. Uma pergunta que não tem resposta, mas que habita o subconsciente do corintiano. Porque um corintiano não é feito de responder perguntas que os rivais fazem. É feito de si mesmo, da satisfação após a vitória e a tristeza após uma derrota. A cada resultado, o denominador comum fica, o denominador tem nome: Sport Club Corinthians Paulista.
       Cada vez que um torcedor olha para o escudo alvinegro, mil lembranças vem à cabeça. Mas cada momento feliz vale muito. Muito mais do que qualquer um pode imaginar.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihLgsqNy4IXJ2n7PVTsRF3Cpl2MLJ_anxpp7vUyGfTkGerjnZYAY5iR4Ns5bduOVe2s2Gp7iYm9tNSiAYL_jvb1MNYmWu8xqhen2j9yUGoTD76q-51j0snofXxZvNxoXUG7hcSHxJoKtU/s400/Sem+t%C3%ADtulo2.jpg       Porque a massa alvinegra não é feita de cidadãos com sucesso financeiro, nem social. É uma religião composta por todos. Desde o mais simples operário que levanta, todo dia de madrugada, e não reclama do que o destino lhe reservou. Trabalha, se esforça e vê, no Corinthians, seu objeto de orgulho. É uma entidade em que as diferenças desaparecem e que qualquer pessoa, por mais simples que seja, terá uma pessoa com os mesmos sentimentos ao lado dela, para dar a mão e gritar com orgulho, estufando o peito: Eu sou Corinthians, porra!
       Em algum canto desses milhões surgiu um tal de Sócrates. Que ao longo da vida, através de muito esforço, virou Doutor. Título de muita honra, caro Sócrates.
       Mas ele fez mais. Sócrates, conseguiu, através das suas lindas vivências durante sua vida, descrever uma parte do que é ser corintiano. Ele é o único a conseguir isso. O pioneiro, o mestre:
       “Ter tido a oportunidade de viver boa parte, e a mais importante parte, de minha vida, dentro do Corinthians é algo extraordinário! Estive no Corinthians de 1979 a 1984.
http://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br/files/2011/12/socrates.jpg       O Corinthians é muito mais do que um clube de futebol, o Corinthians é uma religião, é uma grande nação. Mas, muito mais do que isso, o Corinthians é uma voz! O Corinthians é uma força, é uma forma de expressão que a sua população tem. Em um país em que os mais fracos politicamente, socialmente e economicamente não tem voz, nunca, no Corinthians têm. Através do Corinthians, eles conseguem se manifestar. A torcida utiliza o seu clube, a sua expressão física, como forma de contestação de tudo aquilo que não lhes dão de direito.”
       A história está bonita demais. É uma pena que Sócrates não pôde estar aqui para visualizar seu povo comemorando. Mas, como digo, se os mestres não são imortais, seus legados são intocáveis.
       Com “apenas isso” de inspiração, 11 jogadores entravam em campo, hoje, no Pacaembu, para dar um bonito último capítulo à essa maravilhosa história.
http://pimbanagorduxinha.files.wordpress.com/2010/07/estadio-timao.jpg       Como algo tão grande poderia ter seu final decidido em um simples jogo de futebol? Mas isso era o que o destino reservava à torcida corintiana.
       Não sei nem por onde começar, falando do jogo. Temos um juiz fraco que apita o início da partida. Ele não merece tal reconhecimento. Já sei, vamos começar por Liédson.
       Não, o Liédson não fez gol hoje, nem jogou bem. Mas ele é um guerreiro, um corintiano, esforçado e dedicado, que se doa para essa nação que lhe aplaude mediante qualquer situação.
http://globoesporte.globo.com/platb/files/947/2011/03/liedson-corinthians-4-ituano-0-20110209-size-5982.jpg       Sim, Liédson foi o cara do título. Liédson é capaz de reconhecer todo o contexto que o Corinthians representa e sabe honrá-lo com dignidade.
       Acabei até fugindo do jogo, mas a menção é mais do que merecida.
       A partida começou quente, com o Palmeiras distribuindo pontapés e soladas.
       Uma figura minúscula, que os torcedores de seu time o chamam de ídolo, foi expulsa após apelar para a violência ( aliás, como chamar de ídolo um cara que, por indisciplina, ficou de fora do maior jogo do ano... ).
       Depois o Flamengo fez um gol, de empate, no jogo do Rio.
       Ah, deu briga no jogo, também. Jorge Henrique fez a mesma graçinha que os palmeirenses fazem todo jogo. A diferença está no espírito esportivo. Os verdes bateram.
       Realmente, o jogo foi pouco para o que esse título representa.
       O livro de uma etapa histórica do Corinthians está sendo fechado. Mas existe uma certeza em todos os corintianos. Essa não é a primeira e, muito menos, a última edição. Porque o corintiano tem pensamento positivo, tem garra, amor.




       Parabéns Corinthians. Parabéns Sócrates, por sua vida tão especial.

Um abraço de Lucas Herzog, 1 em 30 milhões.


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