domingo, 2 de outubro de 2011

Ano após ano...





        Ano após ano... O torcedor do Palmeiras não agüenta mais. Como diz a música da torcida palmeirense “Mas nós queremos que venham jogadores, que honrem a camisa, que lutem sem parar (...) passam-se os anos, passam-se os jogadores”. Mas isso não acontece faz tempo... E quanto tempo!
        A caça as bruxas no Palmeiras já começou, e no jogo contra o América-MG isso ficou claríssimo. Uns xingam Felipão; alguns, o elenco; outros, ainda, xingam todo mundo, diretoria, time, técnico, imprensa... E afinal, quem está certo? Qual é, realmente, a raiz do problema alviverde?
        O técnico, com certeza não é. Luxemburgo, Muricy e Felipão, nada menos do que os TRÊS         melhores técnicos do Brasil já passaram pelo Verdão. E nenhum deu jeito. Quem xinga Luiz Felipe, hoje em dia, é o mesmo que xingou Muricy no passado e hoje vê o treinador ganhar Libertadores pelo rival. E mais: se vocês querem que Scolari saia? Quem vocês querem no seu lugar? Jair Picerni? Estevam Soares? Se não fosse Felipão, o Palmeiras, com esse time, estaria brigando contra o rebaixamento.
        E quanto ao elenco? Como diz o próprio Felipão, não há como cobrar mais DESTE time. O time é horroroso, e todos nós sabemos disso. Um time que conta com jogadores como Rivaldo, LUAN e Gerley não deveria nem estar brigando (?) por Libertadores. O time briga, luta. Não adianta pedirmos por raça, pois isso o time alviverde dá. Podemos, sim, pedir por qualidade, o que mais falta para o Verdão. Porém, com esses jogadores, não podemos exigir isso dos jogadores e muito menos de Scolari, mas sim da diretoria, de Tirone e Frizzo.
        Da diretoria, sim, podemos cobrar. E não só dessa gestão. A política inteira do Verdão, na última década, esteve errada. Enquanto todos os times melhoravam sua gestão, a do Palmeiras só regredia. Cargos vitalícios até hoje são distribuídos. Brigas políticas surgem a cada segundo. E a única saída (que, diga-se de passagem, já deveria ter sido adotada há anos) é a profissionalização da gestão política alviverde. O futebol, no Palmeiras, não pode mais ser comandado por pessoas que não entendem nada sobre gestão; esse cargo tem de ser profissionalizado, como já ocorreu no Vasco, entre outros clubes. E, pelo bem do clube e do torcedor, isso tem que acontecer JÁ.
        A imprensa é outro órgão que já vem nos incomodando há anos. Ontem, durante a entrevista de Luiz Felipe Scolari, parecia palhaçada. Perguntas como “(no gol que você tomou) A defesa precisava conversar ou também precisava ficar em silêncio?” (ironizando a medida tomada por Felipão, que proibiu os jogadores de darem entrevistas nessa semana, visando uma melhora no ambiente) foram ouvidas. O repórter que faz uma pergunta dessas deveria, no mínimo, rever a profissão. Como palhaço, cairia melhor do que como jornalista. Esse foi só um exemplo para quem diz que a imprensa é imparcial.
        Só para constar, Scolari respondeu de forma genial a essa pergunta: “É isso é uma piada bem gostosa, HA-HA-HA, vou rir de ti”.
        A única conclusão, e o único caminho que podemos seguir para sair dessa crise sem fim é uma profissionalização e um choque de gestão. Uma profissionalização, como já foi citada. E um choque, como foi a Parmalat, nos anos 90, após uma enorme crise, parecida com essa, causada por um jejum de 15 anos.
        O único ponto bom do jogo de ontem? Com certeza Marcos Assunção, Deola e a torcida. O primeiro esteve, mais uma vez, com o pé calibrado. O camisa 22 já mostra, claramente, que é um substituto à altura de São Marcos. E quanto aos torcedores, ou boa parte deles, parabéns pela festa, e pelo ótimo público que apoiou esse time medíocre durante os 90 minutos.

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