segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Campeonato Brasileiro - Capacidade de Superação

      

       O Campeonato Brasileiro é, sempre, marcado pela oscilação dos times no seu decorrer. São raras as ocasiões em que uma equipe apresenta um futebol regular durante os 7 meses. Esse ano, nada foi diferente.
       São muitos os aspectos que fazem um time cair de rendimento. Desde questões táticas, físicas e até psicológicas. A superação e a capacidade de se reestruturar é o que faz um time ser o campeão.
       O Corinthians sofreu duas grandes reformulações ao decorrer de 2011. Contra o Tolima, Ronaldo e Roberto Carlos comandavam o Timão. Foi um fracasso.
       Durante o Campeonato Paulista, o que se viu foi um time instável, previsível, mas tentando se recuperar da perda dos seus dois principais atletas.
http://i1.r7.com/data/files/2C92/94A4/2C79/BACE/012C/7AB9/D235/2778/Tite%20-%20450%20-%20Djalma%20Vassao.jpg       Nas finais contra o Santos, um futebol apenas mediano fez o corintiano acreditar que o Brasileirão seria sem graça, com o time de Tite fora da disputa pelo título.
        Para surpresa geral, o time se superou e entrou em campo com um estilo de jogo totalmente diferente. Muita marcação, ataque com velocidade. 
       Vieram as lesões... Liédson, Alessandro, Julio César... Tudo isso destruiu uma postura tática que o time de Tite tinha assumido, até então. Coube ao treinador reformular e mudar alguns aspectos do time. Muitos pediram a cabeça de Tite, inclusive eu, assustados pela queda acentuada de rendimento do Timão no fim do primeiro turno.
       O Corinthians se superou. O campeonato brasileiro, algo que o Timão almeja, é daquele time que consegue superar seus aspectos negativos sem seqüelas permanentes. Nesse momento, aparece a qualidade da diretoria corintiana. Segurar Tite foi impedir que uma má fase deixe marcas em um elenco que tinha tudo pra levar o caneco. O psicológico e o tático foi preservado.
       O Vasco, por sua vez, está nessa boa colocação devido, também, à capacidade do time de se superar. Perdeu seu técnico, mas manteve a filosofia de trabalho. O grupo experiente conduziu de maneira perfeita todos os problemas de Ricardo Gomes.
       Quem mudou, como o São Paulo, sofreu. Estava na disputa pelo título e deve se contentar com a classificação para a sul-americana.
       Todos esses fatos só comprovam a importância de uma diretoria organizada em um clube de futebol. Andrés segurou Tite. Dinamite apostou em Ricardo Gomes e Juvenal Juvêncio demitiu Muricy há quase dois anos, pela incapacidade do técnico de vencer Libertadores. Percebe-se que o problema não era Muricy. Assim como não é Felipão no Palmeiras, nesse momento.
       Quem quer sair de uma crise deve apostar, principalmente, no profissionalismo e na capacidade daqueles que trabalham nas áreas do futebol. O técnico sabe o que está fazendo, mesmo que toda uma nação o critique, ele precisa de confiança e apoio dos seus superiores. Parabéns às diretorias que seguem esta cartilha de vencedores.


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