O Campeonato Brasileiro é, sempre, marcado pela oscilação dos times no seu decorrer. São raras as ocasiões em que uma equipe apresenta um futebol regular durante os 7 meses. Esse ano, nada foi diferente.
São muitos os aspectos que fazem um time cair de rendimento. Desde questões táticas, físicas e até psicológicas. A superação e a capacidade de se reestruturar é o que faz um time ser o campeão.
O Corinthians sofreu duas grandes reformulações ao decorrer de 2011. Contra o Tolima, Ronaldo e Roberto Carlos comandavam o Timão. Foi um fracasso.
Durante o Campeonato Paulista, o que se viu foi um time instável, previsível, mas tentando se recuperar da perda dos seus dois principais atletas.

Para surpresa geral, o time se superou e entrou em campo com um estilo de jogo totalmente diferente. Muita marcação, ataque com velocidade.
Vieram as lesões... Liédson, Alessandro, Julio César... Tudo isso destruiu uma postura tática que o time de Tite tinha assumido, até então. Coube ao treinador reformular e mudar alguns aspectos do time. Muitos pediram a cabeça de Tite, inclusive eu, assustados pela queda acentuada de rendimento do Timão no fim do primeiro turno.
Vieram as lesões... Liédson, Alessandro, Julio César... Tudo isso destruiu uma postura tática que o time de Tite tinha assumido, até então. Coube ao treinador reformular e mudar alguns aspectos do time. Muitos pediram a cabeça de Tite, inclusive eu, assustados pela queda acentuada de rendimento do Timão no fim do primeiro turno.
O Corinthians se superou. O campeonato brasileiro, algo que o Timão almeja, é daquele time que consegue superar seus aspectos negativos sem seqüelas permanentes. Nesse momento, aparece a qualidade da diretoria corintiana. Segurar Tite foi impedir que uma má fase deixe marcas em um elenco que tinha tudo pra levar o caneco. O psicológico e o tático foi preservado.
O Vasco, por sua vez, está nessa boa colocação devido, também, à capacidade do time de se superar. Perdeu seu técnico, mas manteve a filosofia de trabalho. O grupo experiente conduziu de maneira perfeita todos os problemas de Ricardo Gomes.
Quem mudou, como o São Paulo, sofreu. Estava na disputa pelo título e deve se contentar com a classificação para a sul-americana.
Todos esses fatos só comprovam a importância de uma diretoria organizada em um clube de futebol. Andrés segurou Tite. Dinamite apostou em Ricardo Gomes e Juvenal Juvêncio demitiu Muricy há quase dois anos, pela incapacidade do técnico de vencer Libertadores. Percebe-se que o problema não era Muricy. Assim como não é Felipão no Palmeiras, nesse momento.
Quem quer sair de uma crise deve apostar, principalmente, no profissionalismo e na capacidade daqueles que trabalham nas áreas do futebol. O técnico sabe o que está fazendo, mesmo que toda uma nação o critique, ele precisa de confiança e apoio dos seus superiores. Parabéns às diretorias que seguem esta cartilha de vencedores.