Ah, as improvisações... Prática vergonhosa vem ganhando relativa valorização e aumento na sua prática

                Não é algo que por si só tenha força suficiente para estragar um jogo. Tampouco tirar os torcedores dos estádios. Entretanto, aliado a vários outros fatores, tais como a imensa influência do fator econômico e displicentes ações de cartolas, o futebol vem perdendo um grande contingente de espectadores.

                Nada contra um técnico escalar Richarlyson. Ainda que limitado, é um jogador esforçado e que cumpre bem a sua função original, volante. Porém, em  uma prática que vem desde os tempos de Muricy, Carpegiani escalou a “pessoinha” na posição de lateral esquerdo (isso sem contar quando ele foi escalado de zagueiro, o que nem comento). Longe de ser um bom cruzador, tampouco driblador e passador, ele - e a grande maioria dos jogadores que são improvisados - acabam adotando uma tática muito defensiva, evidenciando aí mais um fator para a diminuição do número de gols que vem acontecendo no futebol.

                 Ainda que um jogador se defina polivalente, ele nunca (ou apenas em raros casos) renderá aquilo que ele poderia se estivesse em sua posição. À medida que isso acontece, o poder ofensivo das equipes decresce, e o espetáculo perde muito, com jogos cada vez mais sonolentos.

                Porém, aí é que entram os “extremistas”. Eles podem até defender que, por vezes, não há um jogador disponível para a posição que o técnico queira, forçando a escalação de alguém que não é originário dessa posição (sobretudo na lateral direita, que vive uma carência de atuantes). Nesses casos (que não são nem de longe a maioria dos de improvisação) creio que é até passível a ocorrência disso.

                 Ainda assim, é triste pensar que, em um país onde predominaram grandes laterais direitos (a posição que mais sofre disso) como Cafu, não haja um contingente de jogadores dessa posição. Direta, mas também indiretamente, está claro que as improvisações estão “roubando” força do futebol... lastimável.

Por Pedro Gandra, torcedor tricolor.