Volta, Mata-mata!

              Sempre que se aproxima o fim do Campeonato Brasileiro, um imenso contingente de esportistas, civis ou até mesmo mídia, colocam à tona uma pergunta inevitável: “qual é a melhor fórmula para o nosso torneio regional?” Inegavelmente, isso é, foi e sempre será um assunto delicado, uma vez que tanto o regulamento dos pontos corridos quanto o dos mata matas apresentam particularidades. Porém, fatos recentes têm mostrado que a fórmula atual não é a ideal para o brasileirão.

            Tenho que admitir que até 2008 via nos pontos corridos uma opção para um campeonato concorrido e interessante, dado que teoricamente seriam raros os times que nas últimas rodadas não teriam o que disputar. Independente de se tratar de briga por título, Libertadores ou Sul Americana, pensava que quase todas as esquadras estariam lutando até o fim, ocasionando jogos decisivos sem a necessidade de “finalíssimas”.  Porém, isso não é bem o que acaba acontecendo.

            Dia 29 de novembro de 2009, o goleiro corinthiano Felipe ficava imóvel em uma cobrança de pênalti do flamenguista Léo Moura. Trezentos e cinquenta e nove dias depois, o Fluminense batia o Palmeiras aos 10 minutos do 2º tempo em uma partida que poderia ter sido considerada encerrada assim que o time carioca tomou a frente no placar. Isso sem esquecer que sete dias atrás o São Paulo tomara 4 a 1 do mesmo Fluminense, em jogo que Rogério Ceni parecia jogador de voleyball, rebatendo todas as bolas para o meio da área.

            Esses casos não demonstram nada mais do que o quanto é falho o sistema de pontos corridos. Como torcedor do São Paulo, acho que, em meio a esse sistema, entregar o jogo para outro adversário, se você não tem mais o que fazer no campeonato, é o que deve ser feito. Decerto, assim pensam as nações corinthianas, palmeirenses e ibíenses. No entanto, um campeonato da importância do nosso não pode deter uma fórmula tão mal pensada.

            E é aí que surge a solução. O Brasileirão pede a volta dos famosos mata matas. Com eles, a emoção voltaria. Os torcedores também, em finais com estádios lotados. O país do futebol precisa disso. E é isso que precisa pensar a CBF, liderada por Teixeira. Se não rolar, fudeu! O povo vai se desinteressar ainda mais. Não dá para duvidar que se medidas não forem tomadas, em um futuro próximo não sejamos mais o país do futebol. AGE CBF!

            Moral da história: Ou a CBF faz Mata-mata no brasileirão ou temos que fazer mata-mata na CBF.