quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Europa: terra de supercampeonatos ou torneios monopolizados?


            Verdade é que a grande maioria dos jogadores que disputam a Champions League e os principais campeonatos do Velho Mundo apresentam uma imensa qualidade técnica e salários abastados. Porém, fato é que os campeonatos nacionais e intercontinentais que os clubes daqui disputam, mesmo sem ter tantas “estrelas’’ ou “craques’’, detém um nivelamento muito mais interessante e que acirra a disputa da competição mais do que na Europa.
            Para provar isso, uma simples evidência. No campeonato inglês, considerado por meio universo como o melhor nacional existente, a diferença de pontuação do Chelsea e Portsmouth, primeiro e último colocados respectivamente, bateu na casa dos 58 pontos na temporada de 2009/2010. A razão entre o número de gols pró nesse mesmo quesito chegou a incríveis 103 a 34 em favor do Chelsea. Todos os times da nona posição para baixo apresentaram saldo negativo de gols. Já no Brasileirão, a variação de pontos entre o primeiro e o último colocado foi de apenas 36 pontos.  O número de gols feitos pelo melhor time nesse quesito foi de 67 tentos, enquanto que o pior somou 48 gols.
            Com isso, fica evidente o quanto o nivelamento (ainda que por baixo) do Campeonato Brasileiro é extremamente maior do que os dos nacionais/internacionais europeus. Porém, nesse momento naturalmente perguntariam: “e o show’’? Logicamente, a resposta não é aquela de Muricy, que defende que quem quer espetáculo deve ir ao teatro. Não, realmente não.
            O show não é algo que necessariamente precisa vir de apenas um jogador, ou de um time. O show é produto de um elenco, que junto, treina e faz o espetáculo. Logo, o show é produto de todas as equipes de um campeonato, que juntas, fazem a magia. E não importa se há um, dois, ou até onze jogadores que desequilibram em um time, se não há ninguém que seja capaz de fazer isso na outra esquadra. Um bom campeonato pede um equilíbrio entre as diferentes equipes. Isso é algo que os torneios europeus não conseguem fornecer. E é por essas e outras, que mantenho meu argumento. Temos um campeonato melhor do que os de fora daqui. E até que provem o contrário...  

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